Professores
debatem a judicialização da greve da UERN
Os
professores da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) se reuniram
hoje (1º) pela manhã na sede da Associação dos Docentes da Uern (ADUERN) e
decidiram não discutir sobre a greve da categoria. A decisão foi tomada porque o
relator da matéria que pede a ilegalidade e abusividade do movimento paredista
decidiu não julgar de forma imediata o pedido de liminar que pede a suspensão da
greve.
Antes
de se manifestar sobre o pedido do Governo do Estado, através da Uern, o
desembargador Saraiva Sobrinho decidiu solicitar informações às partes
envolvidas no processo. Dessa forma, a assembleia foi encerrada e iniciou-se um
debate sobre o pedido de ilegalidade da greve da Uern. A discussão foi iniciada
através das explicações do assessor jurídico da Aduern, professor Lindocastro
Nogueira.
Para
o advogado, a decisão do desembargador representa uma vitória. “Percebemos uma
evolução do entendimento do Judiciário no sentido que a melhor solução para os
conflitos é a conciliação antes do julgamento do mérito da questão”, explica
Lindocastro Nogueira.
Segundo
o professor Flaubert Torquato, presidente da Aduern, a categoria não mais
aguarda uma resposta do Governo do Estado. “Entendemos que a resposta da
administração estadual foi o pedido de ilegalidade da nossa greve. Prudentemente
a categoria decidiu não se pronunciar sobre o movimento paredista, já que agora
o Judiciário abriu um prazo para as partes se manifestarem. Tão logo, nosso
Sindicato seja notificado, prestaremos todas as informações solicitadas pelo
relator da matéria”, afirma.
Ontem,
a Aduern recebeu um documento da Reitoria da Uern com respostas à pauta de
reivindicações da categoria docente. No entanto, os professores decidiram não
apreciar a questão em virtude da decisão do desembargador.
Ações
judiciais
A
Aduern acionou o Judiciário sobre a demissão dos professores com contratos
provisórios, bem como a suspensão da gratificação dos docentes que lecionam nos
Núcleos Avançados de Educação Superior. Apesar de apresentarem relatores
diferentes, o assessor jurídico do Sindicato acredita que todos os processos
deverão ser julgados ao mesmo tempo.
Jornalista
Talita Lucena (DRT 1551-RN)
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